Presidente do STF fala sobre a importância da Justiça do Trabalho durante condecoração

Na tarde dessa segunda-feira (2), durante sessão do Tribunal Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em seu Ed. Sede, no bairro da Consolação, em São Paulo-SP, o ministro-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli, recebeu a comenda da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, em seu grau máximo (Grã-Cruz). Confira, ao final da matéria, o álbum de fotos e também o vídeo da cerimônia.

A Ordem do Mérito, que acontece a cada dois anos, tem o intuito de homenagear personalidades e instituições que se destacaram no desempenho de relevantes serviços à Justiça do Trabalho ou em atividades socioculturais.

Investimento na pacificação social

Sob os olhares do colegiado de desembargadores do TRT-2 (foto abaixo) e da plateia de magistrados, servidores e outros convidados, o ministro-presidente Dias Toffoli recebeu a faixa com a comenda das mãos da presidente do Tribunal do Trabalho, desembargadora Rilma Aparecida Hemetério.

Em seu pronunciamento, Dias Toffoli recordou quando estagiava, no início da década de 90, pelos prédios da Justiça do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho. Ele relembrou o pioneirismo desta Justiça Especializada naquela época e hoje, sendo a primeira a implementar o Processo Judicial Eletrônico (PJe) em 100% de suas unidades, e falou de seu papel: “A Justiça do Trabalho é fundamental para a democracia e para o estado democrático de direito. Um país imenso como o Brasil – com altos índices de desigualdade social e mazelas como o trabalho infantil e o análogo à escravidão – necessita muito de uma Justiça do Trabalho que promove o equilíbrio e a justiça nas relações de trabalho”.

Ele comentou sobre uma ocasião quando foi sabatinado pela imprensa a respeito do Relatório Justiça em Números, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que também preside: “A primeira pergunta que um jornalista fez foi sobre os supostos custos da Justiça do Trabalho, se não seria o caso de ela acabar; eu respondi lhe perguntando: você acha que sua empresa lhe pagaria todos os direitos e recolheria todos os tributos, se não houvesse uma instituição como a Justiça do Trabalho? Nenhum outro jornalista questionou mais isso. Às vezes, é preciso um choque de realidade: aquilo que alguns chamam de despesa é, na verdade, um investimento no país, em sua pacificação social, algo que não tem preço. Quando se vê por este prisma, o custo é mais do que razoável”.

O ministro prosseguiu: “Não há país no mundo onde se trabalhe tanto na magistratura como na do Brasil. Oponho-me fortemente a quem diga que a Justiça do Trabalho não é necessária”. Aplaudido, concluiu: “Há que defender e lutar pelo fortalecimento da Justiça do Trabalho”.


Na foto acima, em 1º plano, da esq. para dir.: ministro Humberto Martins, corregedor nacional de Justiça; desembargadoras Jucirema Maria Godinho
Gonçalves, vice-presidente administrativa, e Rilma Aparecida Hemetério, presidente do TRT-2; o ministro-presidente do STF, Antonio José Dias Toffoli; desembargadores Rafael Edson Pugliese Ribeiro, vice-presidente judicial, e Luiz Antonio Moreira Vidigal, corregedor do TRT-2

A presidente do TRT-2, desembargadora Rilma Hemetério, encerrou a sessão solene: “As palavras do excelentíssimo senhor ministro-presidente nos honram e dignificam. A razão de ser dessa comenda é homenagear pessoas e instituições que se destacaram na seara jurídica trabalhista, e as palavras que acabamos de ouvir, tão tocantes e verdadeiras, mais do que justificam esta condecoração”.


Clique o ícone acima para acessar o álbum de fotos do evento

Texto: Alberto Nannini; fotos: Allan Lustosa – Secom/TRT-2

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