Presidente do TST aborda metamorfoses do trabalho e 4ª revolução industrial em palestra

Tecnologia, novas modalidades de trabalho e adaptações normativas necessárias foram o tema central da fala da ministra Maria Cristina Peduzzi, recém-empossada presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), durante apresentação na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta terça-feira (3).

Acompanhada por magistrados, juristas, advogados e conselheiros que compõem o Conselho Superior das Relações de Trabalho (Cort), a explanação da ministra girou em torno de temas atuais, como as recentes mudanças trazidas com a chamada reforma trabalhista, além de questões envolvendo ocupações propiciadas por plataformas digitais.

Para a ministra, é preciso que a Justiça do Trabalho esteja atenta aos novos tempos e expanda sua proteção a todos os tipos de relações de trabalho. “Temos, sim, que dar proteção e segurança ao trabalhador. Essa proteção, que deve garantir o mínimo patamar civilizatório, incluindo direitos civis e previdenciários, nem sempre ensejará vínculo nos moldes tradicionais”, comentou. A ministra discorreu também a respeito da importância de se dar segurança jurídica para que o empreendedor também seja protegido para atuar.

A presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, desembargadora Rilma Hemetério (imagem abaixo, terceira da esquerda para direita), também presente na ocasião, acrescentou às discussões a ponderação de que, assim como ocorrido na Itália em anos anteriores, é hora de se avaliar a expansão de atribuições da Justiça do Trabalho, de modo que não se limite à proteção do trabalho subordinado, mas que se expanda à proteção de todos os seres humanos, em todo tipo de trabalho.

Liderança feminina

Primeira mulher a presidir a corte superior trabalhista, a ministra Cristina Peduzzi (imagem acima, quarta da esquerda para direita) também reforçou a importância da presença feminina em posições de liderança no Judiciário, assim como em todas as outras carreiras. “É preciso que se rompa barreiras que ainda existem e que atuemos pela igualdade material nas relações de trabalho, sem qualquer distinção de gênero”.


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